Sempre nos questionámos sobre a forma como algumas pessoas, ainda novas, conseguem obter a reforma e deixar de trabalhar. Os casos escandalosos vêm normalmente da AR onde políticos conseguem passar à qualidade de reformados sem que para isso tenham feito alguma coisa de especial. Mas há depois aqueles que conseguem encontrar formas de fugir aos 66 anos e ficam a receber do Estado muito antes que um trabalhador normal. Sempre achámos estranha a forma como a presidente defende as situações indefensáveis de incompetência na autarquia e a forma como tenta arranjar desculpa para tudo o que corre mal, sem nunca atribuir culpas aos culpados. É como se não tivesse noção do que se sofre quando se tem que trabalhar para viver. Também sempre ouvimos que a sua situação de disponibilidade por não trabalhar tinha ocorrido por questões de saúde. Felizmente não foi essa a razão de ter começado a estar disponível muito cedo. Há uns anos, antes da Troika, passou a ser possível aos professores da primária reformarem-se desde que tivessem 50 anos ou 32 de serviço, ou tivessem 52 anos e 30 de serviço. Usando dessa possibilidade legal, a presidente conseguiu, ainda nova, passar a receber do Estado sem nada ter que fazer. Um regime especial para alguns. Sem que tivesse que trabalhar até à idade da reforma normal, é compreensível que não tenha noção do que têm que padecer aqueles que trabalham e têm que aceder aos serviços da autarquia, serviços que não foram melhorados com a sua governação. Foi graças a leis como esta, das quais a presidente beneficiou, que a Troika depois teve que cá aparecer, como acreditamos que terá que voltar. Claro que não há nada de ilegal no que aconteceu, mas permite perceber que quem passou a fazer muito pouco muito novo, e ainda assim receber do Estado, tenha dificuldade em entender quais as dificuldades porque passam aqueles que, com 50 ou 52 anos, ainda estão a contribuir para o enriquecimento do país e têm dificuldades sempre que querem alguma resposta da autarquia. É como aqueles que tiveram que estudar para ter graus académicos enquanto outros fizeram um curso nas Escolas superiores de educação á noite, tipo novas oportunidades, para obterem o grau de licenciados e chegarem ao topo da carreira e passaram a ter um título académico que não enjeitam, apesar de não o merecerem. Tudo tem sempre uma explicação… às vezes não sabemos é qual ela é!
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Oh Curioso, as escolas superiores conferem graus académicos de licenciatura e mestrado, e para isso é preciso estudar, seja em regime diurno seja em regime nocturno. É ensino superior. Não misture alhos com bugalhos.
Já o curso do Magistério Primário é toda outra coisa.
De qualquer forma, doutores são os doutorados.
Caro Anónimo. Sabe bem ao que nos referimos, não se faça de ingénuo.
Claro que todos sabemos que existem escolas que dão títulos de licenciados, bastando para isso que a mensalidade seja paga. Será que existe alguma escola dessas na Marinha Grande!!!!!!
A obtenção do grau de licenciado nas escolas superiores de educação, á noite, é o caso da Cidália, que com o 5 ano dos liceus, 2 anos de magistério primário e o tal curso das ESE’s chegou a Dra, com isso ao topo da carreira e a uma reforma superior a 3.ooo € ilíquidos. Mas isto não é caso virgem pois beneficiou milhares e milhares professores e prejudicou o erário público em milhões e milhões de euros em reformas chorudas. Assim vai este pobre país que se habituou a nivelar por baixo e a valorizar os mais medíocres.
??? IS-dá-me…
O quê? A Cidália só tem o antigo 9º ano e 2 anos de Magistério Primário? E depois um curso noturno não sabemos bem de quê, pelos vistos?Então porque lhe chamam Doutora? E ela deixa? Pobre mulher. Frustrada, pois claro. E má. Muito má.
Exatamente o mesmo de que sou titular
Tínhamos o 5º ano, no meu caso o Curso Geral da Formação Feminina, da Escola Industrial e Comercial da Marinha
Fizemos o exame de admissão do Magistério Primário de Leiria
Fizemos 2 anos do Magistério Primário, concluído com o, então chamado, Exame de Estado ,que nos deu o titulo de Professor Primário,
Começamos a trabalhar antes do 25 de Abril
Com aquelas habilitações e por Decreto-Lei foi-nos dado o titulo académico,, para efeitos de progressão na carreira docente, de Bacharelato, com o qual poderíamos aceder até ao 9.º escalão da carreira docente
Posteriormente, foi-nos dada a possibilidade de frequentar um Curso de Formação Complementar, ministrado pelas Escolas Superiores de Educação, com aulas á noite 1/2 vezes por semana, com a apresentação de um trabalho final. Com a apresentação e aprovação daquele trabalho ficámos detentoras do grau académico de licenciadas, UNICA E EXCLUSIVAMENTE PARA EFEITOS REMUNERATÓPRIOS, o que nos deu acesso imediato ao topo da carreira docente – 10º Escalão.
Nunca aquele título nos conferiu o Dr. mas única e simplesmente o grau de licenciada para efeitos remuneratórios.
O uso do título do Dr. é abusivo e é por isso que eu, muito orgulhosamente, me recuso a aceitar e que me chamem de Dr. Fui durante muitos anos, com muito orgulho, professora primária e posteriormente professora do 1.º Ciclo do Ensino Básico.